A incerteza gerada pela ameaça de proliferação nuclear e pelo aquecimento global fez o BAS (Boletim de Cientistas Atômicos) adiantar em um minuto o "Relógio do Apocalipse", informaram na terça-feira especialistas internacionais.
O simbólico Relógio do Apocalipse "aponta agora cinco minutos para a meia-noite [quando ocorrerá o cataclisma nuclear]", declarou Allison Macfarlan, presidente da associação da Universidade de Chicago que em 1947 criou o sistema para ilustrar o risco da corrida atômica.
Em janeiro de 2010, o BAS, que tem entre seus membros 18 prêmios Nobel, atrasou o relógio em um minuto diante de um "estado do mundo mais promissor", deixando o marcador a seis minutos da meia-noite.
"Há dois anos, parecia que os dirigentes do mundo poderiam enfrentar as ameaças globais, mas esta tendência não se manteve e, inclusive, se inverteu", constatou Allison Macfarlan, professora da Universidade George-Mason, na Virgínia.
Lawrence Krauss, presidente da associação e professor de física da Universidade do Arizona, disse que o relógio foi adiantado devido "aos perigos claros e iminentes de proliferação nuclear e mudança climática, assim como diante da necessidade de se encontrar fontes de energia seguras e duráveis".
Para o cientista, "o maior desafio à sobrevivência da humanidade no século 21 é satisfazer as necessidades energéticas para o crescimento econômico dos países em desenvolvimento e industrializados sem prejudicar ainda mais o clima e sem alimentar a proliferação nuclear".
Kenneth Benedict, diretor-geral do BAS, foi mais otimista e garantiu que a associação está entusiasmada com a "Primavera Arabe, os movimentos 'Ocupem' e a contestação política na Rússia".
"O poder do povo é essencial para se enfrentar os desafios da energia nuclear, resolver os males do aquecimento global e evitar um conflito nuclear em um mundo instável", acrescentou.
Desde que foi criado, em 1947, o Relógio do Apocalipse já foi ajustado 19 vezes.
Fonte: Folha
"Há dois anos, parecia que os dirigentes do mundo poderiam enfrentar as ameaças globais, mas esta tendência não se manteve e, inclusive, se inverteu", constatou Allison Macfarlan, professora da Universidade George-Mason, na Virgínia.
Lawrence Krauss, presidente da associação e professor de física da Universidade do Arizona, disse que o relógio foi adiantado devido "aos perigos claros e iminentes de proliferação nuclear e mudança climática, assim como diante da necessidade de se encontrar fontes de energia seguras e duráveis".
Para o cientista, "o maior desafio à sobrevivência da humanidade no século 21 é satisfazer as necessidades energéticas para o crescimento econômico dos países em desenvolvimento e industrializados sem prejudicar ainda mais o clima e sem alimentar a proliferação nuclear".
Kenneth Benedict, diretor-geral do BAS, foi mais otimista e garantiu que a associação está entusiasmada com a "Primavera Arabe, os movimentos 'Ocupem' e a contestação política na Rússia".
"O poder do povo é essencial para se enfrentar os desafios da energia nuclear, resolver os males do aquecimento global e evitar um conflito nuclear em um mundo instável", acrescentou.
Desde que foi criado, em 1947, o Relógio do Apocalipse já foi ajustado 19 vezes.
Fonte: Folha
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